Gente, que gracinha aquela última cena de A Favorita. O autor João Emanuel Carneiro deixou a ideia de que uma personalidade psicopata pode surgir de um pequeno trauma de infância. E realmente Flora criou uma paixão platônica por Donatela, como afirmou nossa colega Tamara Caldeira no comentário do post de 8 de janeiro. Isso ficou certo quando a assassina estava prestes a dar um tiro na mocinha e disse: "tchau, meu amor". E o draminha que eles fizeram quando Zé Bob estava à beira da morte?! Estava claro que ele sobreviveria! Lara atirando na própria mãe foi legal, mas meio exagerado. Acharia mais interessante se fosse a Irene.
Lara ter ficado com Halley foi uma escolha ótima. Que preguiça daquele Cassiano, ainda bem que o autor deu um jeito para que ninguém ficasse com peninha dele no final. A tia dele, Catarina, teve um fim digno, mas eu queria mesmo é que ela ficasse com a Stella. Aposto que Carneiro também queria isso, mas a alta cúpula da Globo achou que ainda não era a hora de um casal gay dar o primeiro beijo na televisão. Que povo atrasado...
Gente, e eu não fiquei sabendo quem é o pai da filha da Mariana. Eu perdi ou não passou mesmo? Por favor, alguém me diga se souber.
Bom, no geral, o último capítulo de A Favorita foi bom de se ver, não foi decepcionante como aconteceu na maioria das outras novelas das 9. Ela abriu muitas portas para um novo jeito de se fazer teledramaturgia no Brasil.
Maysa
Antes da minissérie começar, sinceramente achei que era uma jogada bem comercial Jayme Monjardim dirigir a produção sobre sua própria mãe. E ainda mais que eu nem sabia direito quem era ela. Eu pensava: para quê fazer uma minissérie sobre essa mulher? Mas eu estava errada, e recebi a resposta para a minha pergunta durante a exibição. Que história fascinante! Maysa foi uma mulher que realmente merecia uma minissérie. Ela lutou para fazer o que mais amava e passou por cima de tudo, mesmo tendo errado muitas vezes com as pessoas a seu redor.
E eu dou palmas para Monjardim, muitíssimo corajoso da sua parte mostrar tantos defeitos da mãe e como ela deixou de criá-lo para trabalhar e aproveitar a vida. A cena dele chegando na casa dela depois de ter voltado da Espanha foi emocionante, ele disse tudo que a mãe precisava ouvir. Achei que Jayme Matarazzo titubeou um pouco, falou num tom esquisito. Mas, também, só pela carga emocional de fazer o papel do próprio pai, eu dou um desconto. E graças a Deus que ele a perdoou antes dela morrer, porque senão nem existiria esta minissérie para comentarmos.
Maysa também vai ser lembrada como uma das melhores minisséries da Globo, com certeza.
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Nossa, tive a mesma percepção que você sobre os finais da novela e da minissérie. Sinceramente, o último capítulo de A Favorita foi excitante de se ver. Aqueles momentos da Flora querendo matar a Donatela e Zé Bob foram impagáveis. Em relação ao pai da filha da Mariana, o que entendi foi que o Leo que estuprou a própria filha. Na cena em que ele aparece, Leo tenta ver a netinha quando Mariana disse: " Tira a mão dela, você quer fazer a mesma coisa que fez comigo?" Ai deduzi que fosse isso. Mas, não ficou claro.
ResponderExcluirSó tenho uma coisa a dizer de Maysa: Quero a Larissa Maciel escalada para uma novela. Que atriz!! Como já disse aqui, a Larissa é mais Maysa que a própria era. E que coragem e profissionalismo de Jayme em mostrar a personalidade de sua mãe nua e crua. Esta minissérie foi sem dúvida um divisor de águas para o diretor-filho. Parece que agora ele deve estar totalmente realizado.Gostei de ver. Acho que até vou comprar a biografia dela.
Ois! Achei que você não ia postar mais!!! Também entendi que o Leo estuprou a filha. Por ser uma novela em um canal conservador exibido para público conservador, optaram por não dizer claramente. Assim como a questão da Stela e da Catarina. Dá pra entender o que quem quiser entender, né?
ResponderExcluirSó que eu acho que as duas não terminarem juntas é que seria a grande sacada da novela. Senão fica parecendo que só pq alguém se deu bem com uma lésbica, tem que ser também. A amizade é um ponto muito mais positivo para a aceitação e quebra do preconceito.
Tudo bem que o estilo do Cassiano é meio chato, mas quem merece aquela Lara também, né? Vamos combinar, que malinha. hahaha. Até!