Meu Deus, mas essas novelas da Globo estão muito sem graça!
Em Negócio da China foi até interessante Miguel Falabella criar a doença do Théo para aproximar sua mãe, Lívia, e o médico que fez a cirurgia - que eu ainda não sei o nome, interpretado por Dalton Vigh. A entrada do ator para substituir Fábio Assunção não ficou tão forçada, mas ainda assim dá preguiça de assistir à novela.
Em Três Irmãs eu nem sei o que acontece direito, para ser sincera. Não entendo qual é a da Regina Duarte como a "misteriosa" Waldete, acho que era para ela ser um personagem chave da trama, mas não tem nenhuma graça. Vou tentar assistir mais para ver se há algo para comentar aqui.
E Caminho das Índias está até me animando mais a assistir, mas por enquanto não tenho mais nada a comentar. Ah, sim! Letícia Sabatella continua linda e maravilhosa atriz!
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Algumas observações sobre Caminho das Índias
Gente, o que que é aquilo da Vera Fischer?! Ela é péssima atriz, não tem jeito naquela mulher. Eu não entendo porque a Globo insiste nela. Acho que eles acham ela bonita...
Mas quem está muito bem na novela é o intérprete de Raj, Rodrigo Lombardi. É um casinho bem sacado, mas o dilema entre o amor e a tradição familiar do indiano é a melhor história a se acompanhar na trama. Adoro o trabalho do Rodrigo, desde Pé na Jaca já sabia que ele faria muito sucesso.
Mas o núcleo familiar que vai dar o que falar é o de César, interpretado por Antonio Calloni. O jeito com que o personagem e a mulher, Ilana (Ana Beatriz Nogueira), educam o filho Zeca (Duda Nagle), é de arrepiar de ridículo. E muito real, pode-se dizer.
Mas quem está muito bem na novela é o intérprete de Raj, Rodrigo Lombardi. É um casinho bem sacado, mas o dilema entre o amor e a tradição familiar do indiano é a melhor história a se acompanhar na trama. Adoro o trabalho do Rodrigo, desde Pé na Jaca já sabia que ele faria muito sucesso.
Mas o núcleo familiar que vai dar o que falar é o de César, interpretado por Antonio Calloni. O jeito com que o personagem e a mulher, Ilana (Ana Beatriz Nogueira), educam o filho Zeca (Duda Nagle), é de arrepiar de ridículo. E muito real, pode-se dizer.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Sem emoções no primeiro capítulo
Em muitas matérias que li, os repórteres compararam Caminho das Índias a O Clone, duas novelas da autora Glória Perez. Pelo que vi ontem, é tudo muito parecido, principalmente porque as duas têm como base culturas longes da nossa. Mas em O Clone a maioria dos atores escalados para fazerem papeis de marroquinos tinham a aparência necessária para isso. Em Caminho das Índias, quem parece ser indiano mesmo são somente três pessoas do núcleo: Juliana Paes, Carolina de Oliveira (a Maria de Hoje é Dia de Maria) e uma menininha linda que dançou em uma festa típica no capítulo de ontem.
Gente, indiano tem a pele cor de jambo. Ninguém mais do elenco é assim. Mas como não tem jeito mesmo de achar tantos atores com essa característica e não há como não por estrelas nos papeis principais, tem que ser assim. Afinal, tudo na Rede Globo é pensado. E o que eles devem ter pensado em relação a isso é que o povo brasileiro é ignorante, não conhece indiano para fazer essa comparação.
Eu estava esperando mais emoção no primeiro capítulo. O encontro entre Maya e Bahuan foi sem graça, em alguns momentos até tive vontade de mudar de canal. Mas espero que isso seja somente porque não estou íntima da trama. Quero continuar a sentar na frente da televisão ansiosa para ver a novela das 21h. Assim que tiver outras impressões de Caminho das Índias, escrevo aqui de novo.
Gente, indiano tem a pele cor de jambo. Ninguém mais do elenco é assim. Mas como não tem jeito mesmo de achar tantos atores com essa característica e não há como não por estrelas nos papeis principais, tem que ser assim. Afinal, tudo na Rede Globo é pensado. E o que eles devem ter pensado em relação a isso é que o povo brasileiro é ignorante, não conhece indiano para fazer essa comparação.
Eu estava esperando mais emoção no primeiro capítulo. O encontro entre Maya e Bahuan foi sem graça, em alguns momentos até tive vontade de mudar de canal. Mas espero que isso seja somente porque não estou íntima da trama. Quero continuar a sentar na frente da televisão ansiosa para ver a novela das 21h. Assim que tiver outras impressões de Caminho das Índias, escrevo aqui de novo.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Uma nova de Glória Perez
Estou ansiosa para ver o primeiro capítulo de Caminho das Índias! Na terça publico minha impressão. Até lá!
sábado, 17 de janeiro de 2009
Duas dramaturgias para ficar na história da Globo
Gente, que gracinha aquela última cena de A Favorita. O autor João Emanuel Carneiro deixou a ideia de que uma personalidade psicopata pode surgir de um pequeno trauma de infância. E realmente Flora criou uma paixão platônica por Donatela, como afirmou nossa colega Tamara Caldeira no comentário do post de 8 de janeiro. Isso ficou certo quando a assassina estava prestes a dar um tiro na mocinha e disse: "tchau, meu amor". E o draminha que eles fizeram quando Zé Bob estava à beira da morte?! Estava claro que ele sobreviveria! Lara atirando na própria mãe foi legal, mas meio exagerado. Acharia mais interessante se fosse a Irene.
Lara ter ficado com Halley foi uma escolha ótima. Que preguiça daquele Cassiano, ainda bem que o autor deu um jeito para que ninguém ficasse com peninha dele no final. A tia dele, Catarina, teve um fim digno, mas eu queria mesmo é que ela ficasse com a Stella. Aposto que Carneiro também queria isso, mas a alta cúpula da Globo achou que ainda não era a hora de um casal gay dar o primeiro beijo na televisão. Que povo atrasado...
Gente, e eu não fiquei sabendo quem é o pai da filha da Mariana. Eu perdi ou não passou mesmo? Por favor, alguém me diga se souber.
Bom, no geral, o último capítulo de A Favorita foi bom de se ver, não foi decepcionante como aconteceu na maioria das outras novelas das 9. Ela abriu muitas portas para um novo jeito de se fazer teledramaturgia no Brasil.
Maysa
Antes da minissérie começar, sinceramente achei que era uma jogada bem comercial Jayme Monjardim dirigir a produção sobre sua própria mãe. E ainda mais que eu nem sabia direito quem era ela. Eu pensava: para quê fazer uma minissérie sobre essa mulher? Mas eu estava errada, e recebi a resposta para a minha pergunta durante a exibição. Que história fascinante! Maysa foi uma mulher que realmente merecia uma minissérie. Ela lutou para fazer o que mais amava e passou por cima de tudo, mesmo tendo errado muitas vezes com as pessoas a seu redor.
E eu dou palmas para Monjardim, muitíssimo corajoso da sua parte mostrar tantos defeitos da mãe e como ela deixou de criá-lo para trabalhar e aproveitar a vida. A cena dele chegando na casa dela depois de ter voltado da Espanha foi emocionante, ele disse tudo que a mãe precisava ouvir. Achei que Jayme Matarazzo titubeou um pouco, falou num tom esquisito. Mas, também, só pela carga emocional de fazer o papel do próprio pai, eu dou um desconto. E graças a Deus que ele a perdoou antes dela morrer, porque senão nem existiria esta minissérie para comentarmos.
Maysa também vai ser lembrada como uma das melhores minisséries da Globo, com certeza.
Lara ter ficado com Halley foi uma escolha ótima. Que preguiça daquele Cassiano, ainda bem que o autor deu um jeito para que ninguém ficasse com peninha dele no final. A tia dele, Catarina, teve um fim digno, mas eu queria mesmo é que ela ficasse com a Stella. Aposto que Carneiro também queria isso, mas a alta cúpula da Globo achou que ainda não era a hora de um casal gay dar o primeiro beijo na televisão. Que povo atrasado...
Gente, e eu não fiquei sabendo quem é o pai da filha da Mariana. Eu perdi ou não passou mesmo? Por favor, alguém me diga se souber.
Bom, no geral, o último capítulo de A Favorita foi bom de se ver, não foi decepcionante como aconteceu na maioria das outras novelas das 9. Ela abriu muitas portas para um novo jeito de se fazer teledramaturgia no Brasil.
Maysa
Antes da minissérie começar, sinceramente achei que era uma jogada bem comercial Jayme Monjardim dirigir a produção sobre sua própria mãe. E ainda mais que eu nem sabia direito quem era ela. Eu pensava: para quê fazer uma minissérie sobre essa mulher? Mas eu estava errada, e recebi a resposta para a minha pergunta durante a exibição. Que história fascinante! Maysa foi uma mulher que realmente merecia uma minissérie. Ela lutou para fazer o que mais amava e passou por cima de tudo, mesmo tendo errado muitas vezes com as pessoas a seu redor.
E eu dou palmas para Monjardim, muitíssimo corajoso da sua parte mostrar tantos defeitos da mãe e como ela deixou de criá-lo para trabalhar e aproveitar a vida. A cena dele chegando na casa dela depois de ter voltado da Espanha foi emocionante, ele disse tudo que a mãe precisava ouvir. Achei que Jayme Matarazzo titubeou um pouco, falou num tom esquisito. Mas, também, só pela carga emocional de fazer o papel do próprio pai, eu dou um desconto. E graças a Deus que ele a perdoou antes dela morrer, porque senão nem existiria esta minissérie para comentarmos.
Maysa também vai ser lembrada como uma das melhores minisséries da Globo, com certeza.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Bye bye Flora, bye bye Maysa!
Ah, hoje não sairei da frente da televisão das 21h às 0h! Já estou até com saudades dessas duas maravilhosas protagonistas: Flora e Maysa. Aliás, há até semelhanças entre as personagens. Olhos expressivos e realizar seus desejos a qualquer custo são umas delas.
Amanhã eu conto o que achei dessa incrível noite!
Amanhã eu conto o que achei dessa incrível noite!
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Uma jogada de Três Irmãs me chamou a atenção ontem: o mistério que envolve a morte de Augusto, marido de Virgínia, e o aparecimento de Lázaro, idêntico ao falecido. Mas hoje fui fazer uma pesquisa na home page da novela das 19h da Globo (http://tresirmas.globo.com/) e só há um personagem para José Wilker. No perfil de Augusto, está escrito que ele morreu e teve uma chance, quando chegou ao céu, de voltar à vida e consertar o erro que fez ao abandonar a família e realizar o sonho de ser mágico de circo. Ah, isso acabou com a graça do negócio! Pensei em tantas possibilidades para a resolução da coinscidência...
Bom mesmo foi o reencontro entre Flora e Donatela. O autor João Emanuel Carneiro acertou em cheio ao mostrar as fraquezas das duas personagens em uma cena tão forte. Flora é a carência em pessoa e Donatela não consegue esconder sua insegurança.
Por fim, em Maysa tenho a destacar o charme irresistível de Ronaldo Bôscoli, o jornalista e compositor que está seduzindo a cantora, e a maravilhosa fotografia da série. Em matéria do site UOL (http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2009/01/06/ult4244u2221.jhtm), Jayme Monjardim disse que o diretor de fotografia Affonso Beato construiu a estética da produção. Ah, então por isso é que está tudo tão lindo!
Bom mesmo foi o reencontro entre Flora e Donatela. O autor João Emanuel Carneiro acertou em cheio ao mostrar as fraquezas das duas personagens em uma cena tão forte. Flora é a carência em pessoa e Donatela não consegue esconder sua insegurança.
Por fim, em Maysa tenho a destacar o charme irresistível de Ronaldo Bôscoli, o jornalista e compositor que está seduzindo a cantora, e a maravilhosa fotografia da série. Em matéria do site UOL (http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2009/01/06/ult4244u2221.jhtm), Jayme Monjardim disse que o diretor de fotografia Affonso Beato construiu a estética da produção. Ah, então por isso é que está tudo tão lindo!
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Os erros e acertos de Maysa (e algumas coisinhas sobre A Favorita)
Precisei de ver dois capítulos, mas Maysa estreiou em grande estilo. O horário (logo depois de A Favorita em plena segunda feira) e a forte publicidade ajudaram a atrair público. A autoria de Manoel Carlos e a direção de Jayme Monjardim também. Mas a história da cantora e compositora, por si, já é cativante. Aliás, fortes mulheres sempre fizeram muito sucesso nas minisséries globais, como em Hilda Furacão, Chiquinha Gonzaga e A Casa das Sete Mulheres.
Não conhecia a personalidade da verdadeira Maysa, mas a atriz Larissa Maciel me convenceu de que sua Maysa é uma pessoa extraordinária. O rosto, os olhos e as expressões faciais dela são maravilhosos, muito apropriados para a televisão. E a maquiagem conseguiu fazer Larissa passar por todas as idades da personagem.
Mas, falando sobre direção, Jayme Monjardim não se desfez dos vícios da novela. A minissérie possui um público diferente, mais seleto, principalmente pelo horário em que é exibida. Em Maysa há excessos dispensáveis, como os longos e autoexplicativos diálogos, principalmente entre a protagonista e seus pais. Os pensamentos narrados por lembranças de cenas já passadas também não precisavam estar ali. E, por fim, uma cena que seria linda, com uma plano perfeito que vai do geral na ponte Rio-Niterói até dentro do carro de Maysa, é quebrado pelo close no rosto machucado pelo acidente. Não precisava disso, Monjardim.
A Favorita
Lilia Cabral arrasou na pele de Catarina desesperada com a primeira noite com Vanderlei. O nervosismo da personagem foi tão engraçado e bonitinho! Além disso, Donatela se passando por fantasma dá até medo, mas Cláudia Raia força um pouquinho. Prestes a terminar, a novela toda tem forçado a barra. Não precisava de tantos malabarismos policiais.
Não conhecia a personalidade da verdadeira Maysa, mas a atriz Larissa Maciel me convenceu de que sua Maysa é uma pessoa extraordinária. O rosto, os olhos e as expressões faciais dela são maravilhosos, muito apropriados para a televisão. E a maquiagem conseguiu fazer Larissa passar por todas as idades da personagem.
Mas, falando sobre direção, Jayme Monjardim não se desfez dos vícios da novela. A minissérie possui um público diferente, mais seleto, principalmente pelo horário em que é exibida. Em Maysa há excessos dispensáveis, como os longos e autoexplicativos diálogos, principalmente entre a protagonista e seus pais. Os pensamentos narrados por lembranças de cenas já passadas também não precisavam estar ali. E, por fim, uma cena que seria linda, com uma plano perfeito que vai do geral na ponte Rio-Niterói até dentro do carro de Maysa, é quebrado pelo close no rosto machucado pelo acidente. Não precisava disso, Monjardim.
A Favorita
Lilia Cabral arrasou na pele de Catarina desesperada com a primeira noite com Vanderlei. O nervosismo da personagem foi tão engraçado e bonitinho! Além disso, Donatela se passando por fantasma dá até medo, mas Cláudia Raia força um pouquinho. Prestes a terminar, a novela toda tem forçado a barra. Não precisava de tantos malabarismos policiais.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
A Globo e suas surpreendentes ficções
Começo esse blog no primeiro dia útil de 2009 fazendo um arremate do final de 2008. A Favorita ferve com as revelações da verdadeira identidade de Flora e da aparição de Donatela para Lara e Irene. Nessa novela, tudo acontece ao contrário do que o telespectador está acostumado. Os segredos aparecem apenas para o telespectador, e pouco a pouco os personagens ficam sabendo. Isso me lembra muito Hitchicock e seu suspense agoniante. Era o que faltava para a teledramaturgia brasileira.
Sem dúvidas, essa vai ser uma novela memorável, sendo os vilões os mais lembrados: Flora e Silveirinha, principalmente. Uma pessoa que mereceu o crescimento de sua persoagem é Emanuelle Araújo. Manu foi fundamental para dar graça a Dodi, que no final se tornou um malandro interessante.
Mas a atual novela das oito ainda ficará algumas semanas no ar, portanto, passemos a outra faixa de horário. Negócio da China me chama a atenção por ter influência de dois povos distintos. Os chineses atraem pelo misterioso suspense da máfia e os portugueses dão humor e charme com uma família tradicional que teve uma reviravolta e o sotaque - mesmo que às vezes eu não entenda o que eles falam.
Apesar de todas as críticas negativas, para mim, Grazzi está se saíndo bem. O sotaque, ela perdeu um pouco, mas qual o problema nisso? Há tantos atores cariocas que fazem papéis de paulistas, mineiros, gaúchos e de outras localidades e nunca perdem o xix! Pode-se perceber o esforço de Grazzi, ela ainda vai nos surpreender. E o romance de Lívia e João é lindo, nem precisava entrar outro personagem para substituir Heitor.
Os únicos destaques que vejo em Três Irmãs são as trapalhadas de Alma e a esperteza de Duda. As atuações de Giovanna Antonelli e Daniela Récco não podem passar despercebidas, são excelentes. A veterana aguçou o jeito desastrado da irmã do meio Jequitibá, o que fez com que ela combinasse mais com o ar desencanado de Gregg. Récco estreiou com brilho, e vai ser dessas jóias talentosas que a Globo usa de vez em quando, como Débora Falabella e Leandra Leal.
Para terminar, quero parabenizar Luiz Fernando Carvalho e sua equipe pelo espetacular trabalho em Capitu. Esperava ansiosa pela série que pertence ao projeto Quadrante, e não me surpreendeu a perfeição com que foi conduzida. Maravilhosa, como tudo o que vem de Carvalho. Os olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada, estavam lá, em Letícia Persiles e Maria Fernanda Caândido. Que música fantástica era aquela das propagandas e das horas de delírio de Bentinho?, me perguntei. É Elephant Gun, da banda Beirut. É teatro, cinema e artes plásticas na televisão. Esteve lá para quem quisesse ver, e bobo foi quem não viu.
E hoje não perderei um minuto da estréia de Maysa.
Sem dúvidas, essa vai ser uma novela memorável, sendo os vilões os mais lembrados: Flora e Silveirinha, principalmente. Uma pessoa que mereceu o crescimento de sua persoagem é Emanuelle Araújo. Manu foi fundamental para dar graça a Dodi, que no final se tornou um malandro interessante.
Mas a atual novela das oito ainda ficará algumas semanas no ar, portanto, passemos a outra faixa de horário. Negócio da China me chama a atenção por ter influência de dois povos distintos. Os chineses atraem pelo misterioso suspense da máfia e os portugueses dão humor e charme com uma família tradicional que teve uma reviravolta e o sotaque - mesmo que às vezes eu não entenda o que eles falam.
Apesar de todas as críticas negativas, para mim, Grazzi está se saíndo bem. O sotaque, ela perdeu um pouco, mas qual o problema nisso? Há tantos atores cariocas que fazem papéis de paulistas, mineiros, gaúchos e de outras localidades e nunca perdem o xix! Pode-se perceber o esforço de Grazzi, ela ainda vai nos surpreender. E o romance de Lívia e João é lindo, nem precisava entrar outro personagem para substituir Heitor.
Os únicos destaques que vejo em Três Irmãs são as trapalhadas de Alma e a esperteza de Duda. As atuações de Giovanna Antonelli e Daniela Récco não podem passar despercebidas, são excelentes. A veterana aguçou o jeito desastrado da irmã do meio Jequitibá, o que fez com que ela combinasse mais com o ar desencanado de Gregg. Récco estreiou com brilho, e vai ser dessas jóias talentosas que a Globo usa de vez em quando, como Débora Falabella e Leandra Leal.
Para terminar, quero parabenizar Luiz Fernando Carvalho e sua equipe pelo espetacular trabalho em Capitu. Esperava ansiosa pela série que pertence ao projeto Quadrante, e não me surpreendeu a perfeição com que foi conduzida. Maravilhosa, como tudo o que vem de Carvalho. Os olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada, estavam lá, em Letícia Persiles e Maria Fernanda Caândido. Que música fantástica era aquela das propagandas e das horas de delírio de Bentinho?, me perguntei. É Elephant Gun, da banda Beirut. É teatro, cinema e artes plásticas na televisão. Esteve lá para quem quisesse ver, e bobo foi quem não viu.
E hoje não perderei um minuto da estréia de Maysa.
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